Todo dia 20 de novembro é celebrado o Dia da Consciência Negra no Brasil, a fim de relembrar as lutas dos movimentos sociais contra o racismo, que ganharam força na década de 70, com destaque às questões como o próprio racismo e também a desigualdade enfrentada.
A data foi escolhida pois é o dia da morte do Zumbi, o líder do Quilombo dos Palmares e que é considerado um símbolo de resistência no Brasil, uma vez que os próprios quilombos pertenciam a comunidades de negros resistindo à escravidão.
No Brasil a escravidão durou cerca de 300 anos e a mão de obra escrava era utilizada para todos os tipos de trabalhos, fossem domésticos, nas lavouras ou nas minas e outros.
Dentre as pessoas escravizadas estavam os indígenas e posteriormente, fomentado pelo tráfico de escravos com os navios negreiros, os nativos do continente africano.
A libertação dos escravos, pela Lei Áurea em 1888, foi considerada uma falsa liberdade, pois a população negra não teve assistência alguma do poder público ou dos senhores de engenho e isso gerou uma herança para seus descendentes que é possível ver ainda nos dias atuais.
O Brasil é o segundo país com maior população negra fora do continente africano.
Segundo dados do IBGE, cerca de 55% da população é considerada preta ou parda, porém, além de serem cerca de 73% entre os que estão desempregados no Brasil (segundo dados do terceiro trimestre de 2020), apenas 4% dos cargos políticos são ocupados por eles, e apenas 7% dentre os que estão cursando ensino superior.
Os dados mostrados acima são o que nos mostram quão importante é a celebração do dia 20 de novembro e o movimento negro no Brasil, pois, apesar de serem a maioria da população, acabam sendo os que têm menos acesso à determinados espaços, além de enfrentarem situações de racismo em seu cotidiano que muitas vezes passam despercebidas, principalmente por pessoas brancas.
